Estas foram, provavelmente minhas últimas encomendas entregues. Acima metade dos botões da super encomenda do Bruno Assumpção e abaixo o Sport do André, que demorei uns TRÊS anos para fazer ;-)
Pessoal, eu agradeço muito, muito mesmo, o interesse que muitos têm demonstrado em comprar times feitos por mim, até travinhas e campos, mas já faz algum tempo que eu parei de fazer times para venda. Foi uma experiência que eu fiz, pensando, talvez, em montar um negócio e fugir da minha profissão atual (programador/analista/engenheiro), mas cheguei à conclusão de que virando um negócio, o futebol de botão deixaria de ser o prazer que é hoje para mim.
Este blog é um espaço, desde há muito tempo, para simplesmente falar de futebol de botão, trocar experiências sobre a confecção de material e qualquer outro assunto que me pareça interessante. Os escudinhos estão “na moda” por aqui, mas também não “aceito pedidos”, simplesmente, por não me sobrar muito tempo para isso. Sempre que tenho um tempinho livre, publico alguma coisa, mas nem sempre consigo tudo o que quero. Estou devendo, por exemplo os tutoriais para a confecção das travinhas e dos botões. Um dia eles saem, mas também não me arrisco a dizer quando ;-)
O Ricardo, o Meu Time de Botão, acaba de publicar a entrevista que fez comigo por e-mail.
Bacana o site! Não exatamente sobre futebol de botão, mas entrevistas com torcedores, sobre futebol, onde em determinado momento devemos montar um time de botão com alguma equipe inesquecível, ou selecionado dos sonhos. Muitas histórias e lembranças interessantes. Vale a leitura!
Esta é uma entrevista que dei (chique :-)) para o Paulo Mendes, para uma matéria publicada num jornal on-line da Universidade Metodista de São Paulo.
Futebol de botão de São Bernardo disputa competições profissionais
De forma organizada, com regras oficiais, voltei a jogar em 2005. Antes, tinha jogado quando criança, até a adolescência.
A volta ao futebol de mesa foi meio acidental. Eu e meu co-cunhado havíamos comprado algumas chapas de madeira para fazer alguns móveis e sobrou um retalho grande, com o qual nenhum dos dois queria ficar. Olhando para ele, achamos parecido com um campo de botão e acabamos construindo um de farra. Começamos a jogar com times antigos, junto a um outro amigo e acabamos descobrindo alguns outros amigos que também estavam jogando em casa.
Daí por diante, fomos pesquisando regras oficiais, construindo campos melhores, oficiais e adquirindo times novos. A coisa foi crescendo sem parar e hoje estamos com uma associação de futebol de mesa formalizada, o Bola Quadrada (http://bolaquadrada.com).
Sim, hoje existem milhares de praticantes filiados a federações regionais e também à Confederação Brasileira. Sem contar a grande quantidade que joga de forma informal, em família.
Não sei se se pode chamar de “afetiva”, mas sou apaixonado pela atividade, que não se resume apenas em jogar. O futebol de mesa, para mim, consiste de organizar competições e outras atividades, redigir regras, fazer times (só jogo com botões feitos por mim), pesquisar sobre grandes times da história, divulgar o esporte. Enfim, é muito mais que apenas colocar o time na mesa ;-)
Sim, claro que sempre existem aqueles jogos “inesquecíveis”, mas as recordações dos encontros e da diversão em torno da mesa são maiores.
É difícil estimar o mercado, já que estou começando nesse ramo, mas tenho mais encomendas do que consigo produzir. Por isso mesmo, parei de aceitá-las. Por hora estou produzindo botões apenas como passa tempo e ainda não tenho certeza se seria interessante ter essa como meu ganha pão.
Como os times produzidos a mão, personalizados são relativamente caros, em geral os consumidores estão na faixa de 35 anos para cima.
Bem, o que foi publicado não foi o que para mim era o mais importante, mas tá valendo ;-)
Como a maioria dos meninos nascidos entre os anos 50 e 70 (sou de 66), também joguei muito botão quando era moleque, até a adolescência. Depois, também como para a maioria, meus botões ficaram guardados com cuidado no armário, mas totalmente sem uso. Mas o destino quis que esses velhos botões fossem chamados à ativa novamente ;-)
Um belo dia, lá pelo meio do ano de 2005, estávamos eu e meu co-cunhado, Rafael, cortando chapas de MDF para produzir algumas bancadas, quando sobrou um “pequeno retalho” de 1,6 metro de comprimento, por uns 0,9 de largura. Rolou um jogo de empurra-empurra pra saber quem ficaria com o trambolho, quando num estalo vimos nele a possibilidade de diversão em forma de um campo de futebol de botão. Corri à internet, baixei algumas regras, peguei algumas medidas e riscamos com canetinha verde nosso primeiro campo.
Meu velho time feliz da vida por voltar à ativa
Logo depois organizamos um torneio com a presença, além da minha e do Rafael, do Paulo, filho do Rafael, e do meu compadre Iran, que também tinha guardado seu velho time e ficou empolgadíssimo com a idéia. Sucesso absoluto!
O primeiro torneio da “era moderna” ;-)
Imediatamente encontramos outros amigos que também andavam dando suas palhetadas. Conheci o pessoal que joga 3 toques na AABB, onde apareço de vez em quando pra tomar umas surras. Depois de experimentar algumas regras, o grupo que estava se formando acabou optando pelas regras oficiais do Dadinho, praticadas no Rio de Janeiro. Fomos nos organizando e a brincadeira acabou culminando na formação de uma associação de botonistas, o Bola Quadrada. O resto da história vocês encontram lá ;-)
Como está cada vez mais difícil conseguir tempo para visitar minha oficina, que agora funciona na casa de meu pai, a uns 20Km da minha nova residência (apartamento), resolvi congelar por tempo indeterminado o projeto de confecção de times por encomenda. Por enquanto, estou levando isso apenas como passa tempo, confeccionando uns botões aqui, outros ali, devagar e sempre.
Como este espaço já está aqui e um outro projeto era criar um blog sobre futebol de mesa, resolvi transformá-lo no meu blog pessoal, onde publicarei o que der na telha sobre futmesa e, também pra não perder a viagem, onde anunciarei os raros times que eu consiga fazer para venda ;-)
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